domingo, 1 de abril de 2012

Ativistas presos por bloqueio de navio

A atriz Lucy Lawless e mais seis ativistas do Greenpeace da Nova Zelândia foram presos por bloquear navio da Shell que explorará petróleo no Ártico


Terminou na manhã de 07/03/2012 a ocupação pacífica de um navio petroleiro da Shell, na Nova Zelândia, por sete ativistas do Greenpeace, entre eles a atriz Lucy Lawless, da série “Xena, a Princesa Guerreira”. Após 77 horas de resistência no topo da torre de perfuração de 53 metros, a polícia invadiu o navio e prendeu o grupo.
A ocupação do navio foi uma resposta do Greenpeace à decisão da Shell de perfurar petróleo próximo à costa do Alaska. O navio se preparava para seguir em direção ao mar de Chukchi, na costa do Alaska, onde se prevê a perfuração de três poços neste verão.
“Este capítulo acabou, mas a história da batalha para salvar o Ártico está apenas começando”, disse Lawless, antes de ser presa. “Nós continuaremos a ser solidários com as comunidades e espécies que dependem do Ártico para a sua sobrevivência até que a Shell cancele seus planos de perfurar neste mundo mágico e mude para a exploração de energia limpa e sustentável.”
Apesar do movimento de ocupação ter sido pacifico, sem qualquer incidente, os promotores neozelandeses estão acusando os ativistas por roubo. O Greenpeace, entretanto, insiste que nenhuma propriedade foi levada ou danificada durante a ocupação.
Ao longo da ocupação, mais de 135 mil ciberativistas enviaram e-mails para a Shell pedindo que seus planos de perfurar no Ártico sejam abortados. Também pelo Twitter, milhares de internautas comentaram os protestos usando a hashtag #savethearctic. Celebridades como Jared Leto e a página oficial dos Beatles também postaram mensagens a respeito para os seus seguidores.
"Fizemos o que viemos fazer", disse Lawless. “Juntos enviamos uma mensagem clara para a Shell, que ecoou em todo o mundo: é hora de impor um limite e dizer basta."
A decisão da multinacional anglo-holandesa Shell de perfurar poços de petróleo na costa do Alaska pode levar a uma corrida pelo óleo sem precedentes na região. Mas as baixíssimas temperaturas, condições meteorológicas extremas e uma localização muito remota tornam a operação muito arriscada. Qualquer vazamento pode representar um dano irreversível ao ecossistema do Ártico. A contenção e a limpeza são praticamente impossíveis.

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